sábado, 29 de agosto de 2009

BASES NA COLÔMBIA; O IMPÉRIO ESTENDE OS BRAÇOS

Entre os vários motivos alegados para explicar as 7 bases dos EUA na Colômbia, o mais importante foi esquecido. É da essência de um império mundial, ter postos militares em todos os continentes para afirmar sua força e desencorajar eventuais contestadores de sua hegemonia.
A curto prazo, os americanos não cobiçam nosso petróleo ou a bio diversidade da Amazônia, tampouco o cobre do Chile ou o gás da Bolívia. Gostariam de ver Chavez fora do governo mas não pensam em derrubá-lo como outrora fariam. Simplesmente desejam postar suas bases militares na Colômbia, em condições de atuar em toda América do Sul. Com o mesmo raciocínio que os leva a manter custosas bases no resto do mundo. É como um vizinho muito forte que flexiona seus músculos para impor respeito aos vizinhos mais fracos. Pertence à lógica dos impérios.
Quando acabou a Guerra Fria a OTAN perdeu a razão de ser. Proteger a Europa do que ? Não de uma Russia enfraquecida, é claro. Pois bem, ao contrário do que o bom senso recomendaria, a OTAN não só permaneceu como também se expandiu com a inclusão de diversos países ex-comunistas. A OTAN, como se sabe, foi criada por inspiração dos EUA, é um dos longos braços do seu império.
Nem um presidente com idéias liberais como Obama ousou mudar. Pelo contrário : nos primeiros dias do seu governo, apressou-se a informar que investiria pesado em armamentos para que os EUA continuassem a ser a maior potência militar do mundo. Prometeu sair do Iraque, mas logo acrescentou que ficariam 50 mil soldados para “treinamento e assessoria”, sem data marcada para a partida. E, ainda, para contrabalançar, anunciou aumento das tropas no Afeganistão e dos bombardeios da zona limítrofe do Paquistão.
Fez isto para sossegar os “guardiões do império”: as forças armadas, os congressistas do Partido Republicano, a burocracia e a “velha guarda”do Partido Democrata, as empresas de armamentos e mesmo o homem comum das pequenas cidades do interior, para quem a idéia de uma América super-poderosa e hegemônica é vital.

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