Neste ano, a direita está acentuando seu domínio na Europa. Ela venceu nas eleições do parlamento europeu ,em quase todos os países do continente, e nas municipais inglesas.
Além disso, as pesquisas colocam seus partidos na liderança das intenções de voto nas nações mais importantes : Inglaterra, Italia, Alemanha e Fança. Somente em uns poucos países periféricos ,como a Croácia, a esquerda está na frente.
Há causas gerais para esta “ouverture a la droite” e algumas específicas que variam localmente.
Na Europa os governos de centro-esquerda pouco se diferenciaram dos direitistas, perfilhando grande parte da plataforma neoliberal. O Partido Social Democrata Alemão chega a participar da coalizão liderada pela primeira-ministra democrata-cristã conservadora Angela Merkel.
Com isso, há uma descaracterização da esquerda, que se aproxima da direita. Entre o original e a cópia, a opção do eleitorado torna-se óbvia.
Some-se os efeitos do desemprego crescente, consequente da recessão, que levou os europeus a verem os estrangeiros com hostilidade, temendo sua concorrência no mercado de trabalho. E a apoiar muitos políticos de extrema direita, todos anti-imigração.
O s fatos seguintes são ilustrativos. Cerca de 20% dos deputados foram eleitos pelo voto xenófobo. Como Nick Griffin (Inglaterra), favorável à repatriação dos imigrantes ; Kristina Morvai (Hungria), contra os ciganos ; Heinz Christian Strache (Austria) ,anti-Islam e anti-semita ; Umberto BossI (Italia), por leis anti-imigração mais severas. E mais : na Dinamarca, o partido xenófobo simplesmente dobrou sua votação.
Sem novas idéias, nem líderes de envergadura, capazes de sensibilizar o povo, a esquerda não está conseguindo se opor à maré direitista.
Assim, na França, Sarkosy, apesar de mal avaliado pelo público, ainda é considerado o melhor candidato para 2012. Na última pesquisa, recebeu 24% contra 21% da socialista Segouléme.
O carismático Berlusconi, com o poder de suas redes de jornais e TVs, ganharia as eleições parlamentares se fossem hoje : 53% x 34%, da coalizão de centro-esquerda.
Com o dinâmico David Cameron, o Partido Conservador inglês aproximou-se do centro, apoiando posições de grande apelo popular como os investimentos sociais. O inseguro e frio Gordon Brown, que manteve o Reino Unido inserido na economia americana e caudatário da política externa de Bush, não é páreo para ele. Ainda mais depois da revelação do escândalo do uso dos dinheiros públicos que originou a queda de 10 ministros . Desmoralizado e desnaturado, o Partido Trabalhista está em vias de perder o poder. O que é vaticinado pelos resultados da última pesquisa : conservadores 37%, partidos pequenos 23%, trabalhistas 21 e liberais 19%..
.Por fim, na Alemanha, na mais recente pesquisa de intenção de votos para o parlamento alemão, os democratas cristãos ganharam dos socialistas por 35 a 24%.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
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