Pensando no público interno, Barack Obama desistiu de fumar o cachimbo da paz com os aiatolás e elevou o tom de voz. Abandonando a neutralidade que vinha mantendo, ele condenou severamente a repressão aos protestos da oposição iraniana. Com isso, as coisas esquentaram e a diplomacia, aparentemente, foi para o espaço.
Aconteceu na quinta-feira. E nos días seguintes, a artilharia de Obama disparou. Chamou de”ultrajante” a repressão iraniana. Declarou que Ahmadinejad” “deveria olhar pelas famílias daqueles que ele agrediu, alvejou ou prendeu.”
Finalmente, para a alegria dos rapazes do Partido Republicano, dos lobbies pré-Israel e do próprio Netanyu, que anteviam a volta a política de “todas aas opções estão sobre a mesa”, Obama afirmou que seus planos de discutir as ambições nucleares do Irã, num clima amigável, poderiam se abordar de acordo com a solução da crise iraniana.
O governo do Irã também aabriu fogo. Acusou os Estados Unidos de estarem “pondo lenha na fogueira”, inclusive, financiando as manifestações. Não parece tão absurdo assim, afinal Bush tinha um programa, através da USAID, que distribuía a oposicionistas iranianos 75 milhões de dólares. O objetivo era estimular a democracia, embora esse dinheiro fosse para terroristas que operavam, lançando bombas, assassinando e raptando. Segundo o jornalista, Jason Ditz, do site “anti war”(de 26 de junho), a Casa Branca e o Departamento de Estado seriam favoráveis à reativação desse programa, limitado a 20 milhões de dólares, cujos destinatários seriam líderes da oposição em vez de terroristas.
Indo além, o embaixador do Irã no México, acusou a CIA,ou alguma entidade conexa, de ter matado a jovem vitimada nas manifestações para lançar as culpas sobre o governo. O projétil que a alvejara seria de uma arma de pequena calibre que as forças de segurança não usam. E duas testemunhas, inclusive um amigo da jovem, garantiram que não havia polícia ou “basijis” na área. É inegável que isso levanta dúvidas.
Já no sábado e no domingo, entrou o pessoal do “deixa disso”- os grupos pró negociações pacíficas com o Irã.
O representante de Obama junto aos aiatolás, David Axelrod afirmou que ainda havia chances para a diplomacia. O que Susan Rice, embaixadora dos Estados Unidos na ONU, afirmou “ser do interesse nacional dos Estados Unidos.”
segunda-feira, 29 de junho de 2009
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