segunda-feira, 14 de setembro de 2009

BLACKWATER: SEGURANÇAS OU ASSASSINOS?

Prossegue o processo nos EUA contra os seguranças da Blackwater que mataram 14 civis iraquianos em Bagdá. Sem qualquer provocação, os implicados, que escoltavam um comboio, abriram fogo indiscriminadamente na praça Nisour em pleno meio dia, cheia de pedestres e carros.
A promotoria apresentou novas evidências de que tais crimes seriam um padrão no comportamento dos 5 réus.
Um deles, Nicholas Slatten, costumava dizer que : “queria matar o máximo de iraquianos para vingar o 11 de setembro e repetidas vezes mencionava o número de civis que já alvejara.”
Uma semana antes dos incidentes, outro dos guardas, Evan Liberty havia disparado sua arma automática a esmo, de dentro de um veículo da Blackwater, perto do Almanat City Hall.
Ele e mais dois colegas, Nicholas Slatten e Paul Slough, divertiam-se em jogar garrafas geladas nos carros de iraquianos, numa tentativa de quebrar suas vidraças e provocar acidentes.
Estes novos fatos demonstram o tipo de supervisão negligente sobre os contratados tanto por parte da Blackwater quanto do Departamento de Estado, seu principal cliente.
Lamentavelmente, o governo americano não agiu contra a Blackwater, responsável pelos seus funcionários assassinos. Mas as famílias das vítimas da praça Nizour abriram processo civil contra ela no fórum americano. Além disso, a Casa Branca teve de aceitar que todos os seguranças estrangeiros passassem a ser processados segundo a lei iraquiana. Até então isso não acontecia.
A imagem da Blackwater saiu seriamente deteriorada deste episódio. Ela reagiu, mudando seu nome para XE Services. Mesmo assim perdeu seu contrato com a embaixada americana em Bagdá e seus laços antigos com a CIA estão sendo investigados.
Leon Panetta, o novo diretor da CIA, informou que durante o governo Bush, a agência tinha pensado seriamente em usar os “gunners” da Blackwater num programa secreto de assassinatos dos inimigos do país.

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