6 meses depois de Barack Obama anunciar uma nova estratégia para vencer a guerra do Afeganistão, o general McChrystal, comandante das tropas americanas, apresentou um novo plano.
Obama pretendia ganhar os “hearts and minds” dos afegãos, trazendo centenas de técnicos e investimentos para organizar a economia, os serviços públicos, a assistência social, o país, enfim. E, de fato, eles estão chegando.
McChrystal, com o mesmo objetivo, acha mais importante promover o aumento e treinamento da polícia e do exército afegão para virem a substituir aos o poucos os contingentes estrangeiros. Isso representaria a convocação de algumas centenas de milhares de soldados do país e o embarque de mais 20 mil soldados americanos para treiná-los.
Para Nir Rosen, conhecido jornalista que cobre Iraque e Afeganistão desde 2003, as dificuldades serão imensas. Em entrevista a Democracy Now, ele fez sérios reparos ás forças armadas do Afeganistão :”Em muitos distritos, 60% deles consumem ópio e marijuana. Eles são antipatizados por que estorquem dinheiro do povo nas estradas e assaltam suas casas. Muitas pessoas vêm a polícia do Afeganistão como o maior recrutador para o Talibã porque ela é a face do governo que os afegãos podem ver.”
Ganhar “hearts and minds” do povo afegão com tais figuras será na verdade um trabalho de eficiência altamente duvidosa. Os americanos também duvidam: pesquisa publicada hoje (2 de setembro) pela CNN e a Opinion Research Corporation indicava que 54% da população era contra a guerra do Afeganistão. E a tendência é esta porcentagem crescer pois há um mês apenas 51% queriam o fim da guerra.
E agora Obama ? Vai ficar com o povo ou com o Pentágono, a indústria de armas e os falcões do Senado ?
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
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