Depois de afirmar que não acreditava em negociações diretas como solução do problema nuclear iraniano e que não seria inteligente aliar-se ao regime desse país, Hilary Clinton deixou George Bush emocionado.
Definindo a postura do governo diante de Teerã,, ela garantiu ::”Os Estados Unidos não hesitarão em usar força militar para defender nossos amigos, nossos interesses e, acima de tudo, nosso povo.”
Além de representar uma contestação explícita da política de conciliação do presidente Obama, a frase de Hillary contém alguns equívocos.
”Nossos amigos”, referência a Israel, tem mais de 200 engenhos nucleares para fazer frente aos 2 ou 3 que daquí a alguns anos o Irã teria, caso estivesse empenhado em produzí-los. Podem dar conta do recado sózinhos.
Na verdade, é mais fácil Israel bombardear o Irã do que o contrario, considerando as muitas ameaças de Netanuy contra a única de Ahmadinejad (note-se que ele visualizou o fim do regime de Israel, não do país).
É duvidoso que os interesses dos Estados Unidos justifiquem um ataque ao Irã. A imagen nacional já foi muito prejudicada pela desastrada aventura iraquiana. Hillary Clinton, que votou a favor, pode até justificar uma ação assim. Mas seria um escandalo Obama topar depois de todas as críticas que ele fez à guerra como solução de problemas internacionais..
Quanto á terceira defesa proclamada por Hillary, o absurdo ainda é maior. Por mais fanáticos que sejam os aiatolás, loucos é que eles não são a ponto de fazerem guerra à nação mais poderosa do planeta.
A verdade é que Hillary Clinton desafinou. O discurso de conciliação com o Irã do presidente Obama não parece estar bem orquestrado.
A menos, é claro, que ele já tenha chegado a seu finale.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
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