segunda-feira, 6 de julho de 2009

FATOS DO GOLPE DE HONDURAS QUE A GRANDE IMPRENSA IGNOROU

O leit motif do golpe, segundo seus chefes, foi o referendo que o presidente Zelaya queria realizar para criar uma nova Constituição, permitindo sua reeleição indefinida.
Ora, a pergunta que se faria aos eleitores na cédula era :
"¿Está de acuerdo que en las elecciones generales de 2009 se instale una cuarta urna en la cual el pueblo decida la convocatoria a una asamblea nacional constituyente? = Sí…….ó………..No"
Caso o referendo se realizasse agora, com vitória do “Sim”, o povo escolheria nestas eleições gerais, em novembro, os deputados que fariam a nova Constituição e um novo presidente. Que nunca seria Zelaya, impedido pela legislação de Honduras.
------------------------------------------------------------------------
Nos últimos seus últimos anos, o governo Bush promulgou uma lei, deportando para seus países, criminosos estrangeiros. Com isso, Honduras recebeu centenas de compatriotas, diplomados com louvor pelo crime, em Nova Iorque e nas mais sinistras penitenciárias, que formavam as famigeradas marras.
Verdadeiras máfias, as marras passaram a aterrorizar as ruas de Tegucicalpa. Como eram muito bem organizados, rapidamente corromperam oficiais do exército e da polícia. E quem estava entre eles ? Nada menos do que o hoje general Romeo Vasquez, formado pela Escola das Américas, a chamada “Escola de Ditadores”, e líder do golpe hondurenho. O jornal La Tribuna, de Tegucicalpa, informa em sua edição de 2/2/l993, que Vasquez, por sentença judicial, foi recolhido à penitenciária local, por envolvimento com gangs de roubos de automóveis.
Como, em 16 anos, ele evoluiu das marras ao comando do exército é um mistério. Ou melhor, um ato secreto.

Nenhum comentário: