segunda-feira, 20 de julho de 2009

HONDURAS: OBAMA CEDEU A HILARY?

Quando aconteceu o golpe de Honduras, enquanto todos os governos do Continente condenaram, a Casa Branca subiu no muro : convocou ”todos os atores políticos e sociais em Honduras a respeitar as normas democráticas, o império da lei e as disposições da carta democrática inter-americana”.
Logo, porem, Obama corrigiu: ”Acreditamos que o golpe foi ilegal e que o presidente Zelaya continua o presidente de Honduras.”
Mas, Hilary Clionton, deixou claro sua discordância. Entrevistada pela imprensa, ela recusou-se a responder 2 vezes se restaurar a democracia significava restaurar o presidente eleito.
Aparentemente, a voz da Secretária de Estado parece ter soado mais alto do que a do presidente. Enquanto os outros países da América exigiam a volta de Zelaya, retiravam embaixadores e cortavam relações comerciais, os Estados Unidos limitou-se a suspender uma pequena ajuda militar. E, por iniciativa de Hilary, promoveu negociações coordenadas por Arias , presidente da Costa Rica.
Estas negociações estão se arrastando sem resultado nenhum. Indiferente aos protestos de vários presidentes, solicitando sanções dos Estados Unidos que, fatalmente, forçariam o governo golpista a renunciar, Hilary segue fazendo declarações educativas, defendendo a importância das partes chegarem a um acordo.
Ninguém duvida que essas negociações não passam de um estratagema para o governo golpista sobreviver até novembro, data das eleições em Honduras, quando então a escolha de um novo presidente tornará sem sentido a volta de Zelaya.
Triste é a omissão do presidente Obama que passou a condução do problema a sua Secretária de Estado. Pois Hilary, desde o começo, fechou com os militares e as elites econômicas autores do golpe para impedir, não a reeleição de Zelaya, jamais proposta por ele, mas uma nova constituição que desse mais benefícios ao povo.

Nenhum comentário: