quarta-feira, 21 de outubro de 2009

UMA GUERRA DESNECESSÁRIA

Para o presidente Obama, a operação no Afeganistão é “uma guerra necessária”. Logo após o atentado contra as torres gêmeas, ela foi declarada para destruir a ameaça representada pela Al Qaeda, protegida pelo Talibã quando era governo.
Por isso mesmo, poucas semanas depois de sua possa, Obama enviou mais 21 mil soldados para o Afeganistão. E, agora, atendendo a solicitação do general McChrystal deve elevar o contingente americano com outros 45 mil.
Sucede que, nos dias de hoje, a Al Qaeda não é mais aquela.
Os números não mentem jamais.
Segundo o próprio assessor de segurança nacional, o general James Jones, ela estaria reduzida a menos de 100 guerreiros e, assim mesmo, nem todos no Afeganistão.
O estudo de Marc Sageman, ex-membro da CIA, realizado em associação com o serviço secreto dos EUA, conclui que as relações dela com o Talibã vão mal. Sageman sustenta que uma eventual volta do Talibã ao poder não significaria necessariamente liberdade para a Al Qaeda se instalar no país. As perspectivas são opostas: há evidências de que os militantes da Al Qaeda são mal vistos. E é justamente devido ao isolamento que lhes é imposto pelos talibãs que a organização terrorista acha-se em completo declínio no Afeganistão.
Portanto, que ameaça Bin Laden e asseclas podem representar para a segurança dos EUA?
A resposta lógica conduziria evidentemente a uma volta para casa dos soldados americanos.

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