Num telefonema ao cientista David Nozette, alguém se declara agente do Mossad (serviço secreto de Israel), interessado em contratar seu trabalho.
Nozette não estranha, nem desconfia. Topa. Marcam um encontro e o cientista descobre que o suposto agente do Mossad era do FBI.
Claro, foi mais do que isso. Houve vários encontros, solicitações de segredos, pagamentos de subornos.
Nozette era um cientista de alto nível, detentor de uma série de segredos confidenciais de grande importância para a segurança nacional. Especialmente ligados ao setor espacial.
Mas, por que o FBI desconfiou dele? E por que seu agente apresentou-se como agente de Israel?
Existem algumas eventuais explicações.
Entre 1998 e 2008, Nozette prestou serviços de consultoria a uma empresa aeroespacial pertencente ao governo de Telaviv. Cerca de uma vez, por mês representantes da empresa israelense apresentavam perguntas ao cientista, que recebeu como pagamento um total de 250 mil dólares.
Além disso, no começo do ano, ele viajou para um país estrangeiro, levando dois pen-drives. 3 semanas depois voltou sem eles. A quem e onde teria entregue?
Esses fatos levaram o FBI a desconfiar de Nozette e, provavelmente, de possível envolvimento com Israel.
Aliás não é a primeira vez que são flagrados espiões americanos em favor de Israel.
Jonathan Pollard (cumprindo prisão perpétua) foi um deles. Roubou segredos de tal magnitude que quando o governo de Israel propôs ao então presidente Clinton sua troca por concessões no processo de paz palestino, todos os principais líderes dos serviços secretos americanos ameaçaram demitir-se em massa.
Entre outros agentes israelenses nos EUA, cite-se Bem Ami Kadish e dois dirigentes da AIPAC (ONG americana pró-Israel) : Steve Rosen e Keith Weissman.
Normalmente, um país espiona inimigos.
O governo militarista israelense não tem escrúpulos em fazer isso até ‘com amigos.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
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