sábado, 7 de novembro de 2009

CÃMERA DOS REPRESENTANTES DOS EUA REPUDIA O RELATÓRIO GOLDSTONE

A Câmara dos Representantes (equivale à nossa Câmara Federal) dos EUA condenou o relatório Goldstone- referente à investigação da ONU sobre a guerra de Gaza- por 344 a 36 votos.
Taxou-o de parcial, com viés anti-Israel e “indigno de qualquer consideração”. Como se sabe, o relatório Goldstone acusou Israel e o Hamas – Israel muito mais – por crimes de guerra e contra a humanidade.
Aprovado pela Comissão de Direitos Humanos da ONU, vai agora à Assembléia Geral da entidade quando se discutirá sua proposta de solicitar a Israel e ao Hamas que realizem investigações sérias (devidamente monitoradas) para se apurar culpas e culpados.
Israel fez de tudo para bloquear o relatório, contando com o apoio dos EUA, cuja embaixadora na ONU, Susan Rice, acusou-o de conter muitos erros, além de ser tendencioso, apesar do presidente da comissão de investigação, o juiz sul-africano judeu, Goldstone, ser sionista e figura altamente experiente e respeitada internacionalmente.
Embora com reservas, França, Inglaterra e Alemanha, tradicionais aliados dos EUA, conclamaram Israel a realizar as investigações propostas.
No entanto, a força do lobby israelense nos meios políticos dos EUA é tão poderosa que os deputados americanos não concordam com essa medida que resolveria a questão de forma indubitável. Sustentam que as conclusões do relatório Goldstone não tem credibilidade e que, portanto, quaisquer investigações suscitadas por elas são descabidas.
Se Obama ceder e os EUA, tanto na Assembléia Geral quanto no Conselho de Segurança da ONU, obedecerem às imposições da Câmara dos Representantes, a credibilidade do presidente ficará totalmente comprometida diante dos países árabes. E as alentadoras idéias do discurso de Obama no Cairo ficarão apenas como ‘words, words, words.”

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